O Palmeiras decidiu adotar um esquema de segurança especial visando o confronto contra o Cerro Porteño, no Paraguai, pela quarta rodada da Copa Libertadores. A iniciativa foi tomada após um lamentável caso de racismo envolvendo o atacante Luighi durante o último encontro entre as equipes, na competição sub-20 do torneio continental.
Em um evento que marcou a reeleição de Ednaldo Rodrigues como presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, enfatizou o compromisso do clube em garantir a segurança dos jogadores e torcedores que estarão presentes no Paraguai para apoiar a equipe.
"Vamos reforçar o número de seguranças. Houve muita repercussão, como se fosse um problema específico entre Palmeiras e Cerro, mas não é. Estamos diante de uma luta contra o racismo. Estou muito preocupada, mas esta preocupação nos leva a tomar medidas preventivas. Certamente aumentaremos a segurança, no entanto, acredito que a Conmebol vai se esforçar para que o jogo transcorra de forma pacífica dentro de campo", afirmou Leila.
A dirigente ressaltou a importância de agir nos bastidores para evitar situações de discriminação e assegurou que sua postura enérgica não afetará o clube. "Eu jamais poderia retornar ao clube, olhar nos olhos dos meus jogadores após o que aconteceu no Paraguai e não ter feito nada a respeito. Isso jamais ocorrerá, porque a presidente do Palmeiras é destemida. Não temo que o clube seja prejudicado, pois estou convicta de que isso não acontecerá, visto que estamos lutando pelo que é correto. É inaceitável que algum clube se posicione contra o combate ao racismo", concluiu.
Líder do Grupo G e em busca do tetracampeonato, o Palmeiras terá como oponentes na fase de grupos o Bolívar (Bolívia), o Sporting Cristal (Peru) e o Cerro Porteño (Paraguai). Os embates contra a equipe paraguaia estão programados para os dias 9 de abril, no Allianz Parque, e 7 de maio, no Estádio General Pablo Rojas, em Assunção.